Hoje acordei pensando na realidade que é a interlocução entre as pessoas no mundo globalizado em que vivemos, isso as vezes assusta, pela rapidez, disseminação e quantidade, e por outro lado é algo fascinante, aproxima gerações, contextos sociais diversos, falantes de diferentes idiomas, realidades sócioculturais múltiplas. A minha preocupação está na existência de um volume grande de palavras e outros elementos, sem diálogo.
Digo isso, porque tem me chamado atenção a quantidade de estrangeiros em Angola. Estão por toda parte... placas de sinalização em chinês, produtos gregos, portugueses, brasileiros, espanhois, franceses, etc... Na empresa em que estou fazendo o trabalho de consultoria, são 11 nacionalidades de expatriados. Que línguagem falam? Não estou discutindo o idioma, mas as formas de comunicação. Quanto consideram da cultura local? Quanto valorizam e respeitam o que aqui foi construindo? Creio que é importante analisar esta questão... parece-me que não basta atravessar confins, romper fronteiras... é preciso escutar atentamente os anseios e expectativas do povo desta terra. Tenho me preocupado muito com o fato de muitos angolanos apresentarem uma oralidade surpreendente, com muitas palavras e fluidez na fala, mas muitas vezes, não revelam compreender o que dizem... são diferentes mundos... como dialogar?
Em tempo: Sábado no churrasco que fizemos tinhamos azeite grego, queijo de cabra espanhol, carne sulafricana, água francesa, petiscos portugueses e muita conversa brasileira!!!!
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