Depois de 10 horas de voo no "Bodão" - forma que os brasileiros chamam a empresa aerea que faz a linha Brasil - Angola - chegamos em Luanda, na manhã do dia 15. Tínhamos escutando todo tipo de história sobre os aviões e o pessoal de bordo. No mínino nos contaram que lá só encontrariamos "aerovelhas" e um serviço de péssimo atendimento. A viagem foi ótima e nada daquilo que esperávamos aconteceu, de imediato refleti sobre o valor do exercício do olhar relativo, ah como tudo depende de como a gente vê!!! Estávamos aberta ao novo e acreditando no SUCESSO de cada passo dado.
Receptivo tranquilo, emigração no mesmo ritmo da entrada em qualquer país, com filas enormes, malas demorando de aparecer nas esteiras... O pessoal da empresa já estava nos esperando, um trânsito, caótico na cidade, e de "viatura", como os angolanos chamam qualquer carro, entupida de brasileiros, fomos passando por cada canto da cidade até chegar no nosso condomínio. Fomos as últimas do roteiro e "Cubano", o motorista, não parava de falar um só minuto, só mais tarde entendi o motivo, que era a ansiedade de nos ajudar a levar as malas para o apartamento, 6 volumes pessadíssimos, para o terceiro andar. Êita que mulher é um bicho surpreendente!
Pela janela da van, imagens e mais imagens, de um mundo real, que ia se desenhando à nossa frente com cores, odores, gestos e marcas de um povo que quero conhecer a fundo e compreender a sua história e trajetória na VIDA. Teremos 60 dias para muitas descobertas!!!!
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