sábado, 28 de agosto de 2010

... só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir...

Acabo de ler uma crônica de Marta Medeiros intitulada "Vende-se Tudo" e, como longe de casa tudo cresce, a leitura foi "um prato cheio" para começar a pensar na VIDA, na família, nos amigos queridos e no significado do desapego.
Confesso que não me surprendi com o convite de dizer não aos bens materiais, já faz muito tempo que me libertei do valor dos objetos (em outubro faz 10 anos que sai de casa com a roupa do corpo).
Fui tocada profundamente pela saudade, pelas memórias, pela beleza da amizade sincera, pelo convivio com quem deixou marcas na minha história e me fez ter um volume bem maior de valores, ética, essência, atitude, inteireza! Nomear seria difícil, tem tanta "gente fina, elegante, sincera" que passou e deixou marcas, essas vou levar ao partir!
De Angola levarei também muitas histórias e ricas lembranças de pessoas especiais, mas levarei também muitas outras marcas de gente desconhecida, gente que todos os dias me ensina o valor do desapego e a beleza das realções humanas... todas as vezes que cruzo com qualquer angolano, sou cumprimentada e quando sempre os cumprimentos, escuto um solene "obrigado". Tem tanta gente brasileira que deveria passar uns dias por aqui!!!!
Outra experiência que me fez pensar muito, principalmente nos caminhos simples na resolução de questões complexas... na primeira viagem aérea que fiz no aeroporto nacional fiquei impressionada com todo o sistema de funcionamento, acontecer manualmente. O melhor foi o sistema de despachar a bagagem... cada pessoa entrega sua bagagem e recebe um comprovante, para não ter problemas, quando chega no avião, antes de entrar tem que identificar a sua mala, pegá-la no chão e colocá-la em um carrinho. Quem não faz esse procedimento não tem a sua mala no destino final! Este é um bom exercício para pensar no valor dado aos objetos pessoais! rs

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