quinta-feira, 6 de setembro de 2012

DA MINHA ALDEIA vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.


Alberto Caeiro, em "O Guardador
de Rebanhos".
 
 
Entre dois continentes vivo intensamente. A cabeça não para. Quando estou em África, olho a minha casa em terras brasileiras com olhos de dúvida, de questionamentos, de inquietude e faço vários balanços, amplia-se o universo a minha frente, cresço, me surpreendo. Temos o mundo em minhass mãos! Quantos caminhos trilhados, quantas histórias construidas, algumas inclusive interrompidas, deixada de lado, transformadas em novos focos, outras clamando por continuidade, inovação, novos contornos, outras belezas.
Ao chegar no Brasil, o movimento é outro, é inverso, olho a África, a surpresa daqui é outra, quanto é vasta esta aldeia, quanto precisa ser visto e expandido. Já são tem Programas realizados: Qualificação Profissional, Formação Continuada de Professores Alfabetizadores e Protagonismo de Jovens. Quero mais, muito mais!

2 comentários:

FernandaTorres disse...

Bela reflexão! Tenho percebido quanto é necessário nos aproximarmos da natureza para trazermos à tona nossa humanidade. Assim, nos conectamos com o divino, conosco mesmos, e então, com o próximo.
Parte do que somos é definido pelo ambiente. Na cidade, somos mais "prédios", "asfalto", menos " árvores" e "terra".

FernandaTorres disse...

Bela reflexão! Tenho percebido quanto é necessário nos aproximarmos da natureza para trazermos à tona nossa humanidade. Assim, nos conectamos com o divino, conosco mesmos, e então, com o próximo.
Parte do que somos é definido pelo ambiente. Na cidade, somos mais "prédios", "asfalto", menos " árvores" e "terra".