É tão diferente ler, ouvir falar e viver...
Moçambique... durante dias pesquisei a sua história, seu povo, seu contexto e realidade. Agora, durante apenas 5 dias, vivi intensamente em seus diferentes cantos, conversei com sua gente, visitei casas, escolas, hospitais, praças, ruas e escutei muitas... muitas histórias.
Tenho hoje outra visão, uma ideia que passa pela pele, entra por todos os poros, toca fundo ao coração, faz pular lágrimas da alma.
Histórias de um povo sofrido que não sabe o tamanho da sua dor, casas tipo taipas com quase nada dentro, famílias inteiras sentadas nas portas cultivando a expectativa de que algo pode chegar.
Vi um bebê assustado pedindo o seio materno, para mim tinha no máximo 6 meses, mas ao vê-lo chorar vi a sua boca cheia de dentes, quando perguntei a sua idade, já estava perto de completar 2 anos.
Conversei com o diretor de uma Escola com 2019 estudantes e apenas 41 professores e sem nenhuma carteira nas salas.
Vi filas enormes na porta do hospital e da farmácia pública.
Vi a dor e doeu forte na minha alma.
Quero agir.
Um comentário:
É verdade, amiga, querida...
É preciso aprender a ser coerente. De nada adianta um discurso competente, progressista, libertador... se a ação pedagógica é impermeável a mudanças. Como não olhar a realidade e não reagir? Muitos são os chamados, mas poucos atendem a convocação para contribuir com uma a vida mais humana e digna para todos...
Temos muito, muito o que fazer!!!
Beijo grande e saudoso,
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